sábado, 25 de agosto de 2012
Como nascer e morrer
Um, dois, seis vãos
Um saleiro úmido
Duas bisnagas, vermelha e amarela
80 centimetros em cada lado
Marrom, de madeira
Marrom também a garrafa sobre ela
Alguns escritos em alto relevo
Rótulo dourado, letras vermelhas
Coberta por uma fina camada branca
Branca como a tampa ao lado
De ponta cabeça parecia uma coroa
Se pisasse, machucaria
Se bem tratada, abriria o caminho
Amarelo, de espumas
Em pé, de barba por fazer
com o bloco e o lápis em mãos
As marcas entregando a vida dura
Os olhos denunciando a madrugada
- Dois copos, seu Carlos?
- Um só. Porque há certo gosto em pensar sozinho.
É ato individual
Como nascer e morrer.
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